Os Anglicanos Verdes estão celebrando o Tempo da Criação unidos à família ecumênica global. Com atividades presenciais e virtuais, lideranças religiosas estão acompanhando a comunidade em ações de cuidado com a criação.
Uma caminhada pela montanha
A delegação sul-africana dos Anglicanos Verdes da Diocese de Mbhashe Balekile Anesipho se reuniu em 3 de setembro passado para uma caminhada pela montanha Khalinyanga, em eNgcobo.
“Escolhemos escalar a montanha de onde virá nosso socorro, onde daremos tudo e deixaremos que Deus esteja no controle dos nossos problemas e nos dê força para sermos altruístas quando se trata da Mãe Terra e da natureza”, observaram.
Além disso, eles também compartilharam um momento especial de oração pelas mudanças climáticas, nossas comunidades, os pobres, pelos meios de subsistência afetados pela destruição do habitat e, principalmente, pediram pela Mãe Terra.
Os participantes foram acompanhados pelos Reverendos Msengana e Mlunguza, que conduziram a Celebração Eucarística. Uma especialista em Ciências Ambientais também deu uma palestra para incentivar a “olhar justamente para fora da natureza. Fazer isso é uma forma de retribuir tudo o que recebemos dela”.
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Unidos além-fronteiras
Representantes dos Anglicanos Verdes de Angola, Moçambique, Brasil e África do Sul reuniram-se virtualmente para celebrar o Tempo da Criação com um diálogo ecumênico.
O Tempo da Criação é “um espaço que oferece à humanidade a possibilidade de renovar sua relação com o Criador e com a Criação através da celebração, da conversa e do compromisso conjunto”, disseram.
Esses quatro países, apesar de falarem a mesma língua (português), têm culturas, rituais, tabus, crenças e formas de ocupação de espaço diferentes. No entanto, juntos analisaram o que significa para cada um “Ouvir a voz da criação” e o símbolo da “sarça ardente”.
Participando deste culto, do Brasil, estava o pastor presbiteriano dos povos indígenas, Alberto Franca, que fez uma poderosa oração pela Amazônia; o Reverendo Aurelio Uquieo, dos Anglicanos Verdes de Moçambique; e a Rev. Rachel Mash, da África do Sul, que proferiu o sermão sobre o tema com três perguntas: “Amamos a terra? Acreditamos que ela foi feita por nosso Deus Criador e que por isso devemos ser apaixonados pelo cuidado da criação? Ouvimos o clamor das pessoas que sofrem com as mudanças climáticas?”